quarta-feira, 19 de junho de 2013

Casa arte da terra


A Casa Arte da terra é uma casa rural a 500.m do mar situada entre o azul do mar, as cores terra e o verde dos pinhais e o azul do céu na localidade da Espinheira Assafora Sintra .

, temos vários Ateliers e Workshops com programas para crianças , jovens e adultos assim como burripaper, passeios de burro e equoterapia

 

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Espinheira Assafora Sintra

 

Contactos 966668781- 96517803

 

sábado, 14 de janeiro de 2012

ecoarte Lena Gal

Ateliers -Arte da terra

sou ecoartista  e estou em contacto com redes de artistas eco internacionais  e  para além do meu trabalho pessoal como pintora  desenvolve Ateliers  para a interacção humana com a Natureza  de maneira criativa  e holística   para o despertar da consciencia ecológica e ambiental ,a arte  a criatividade os rituais , as expressões  constituem em si mesmas uma acção direta que encoragem a ir mais longe  como forma de criar um novo equlibrio e harmonia entre as pessoas e a Natureza  , uma maior conexão com a Terra - Mãe 
a arte ecologica foi criado por artistas que se preocupam com as situações ambientais  e foi criado para comunicar, sensibilizar,  e contribuir para a transformaçaõ social  existe muitas formas de ecoartistas   o meu é mais pela educação  e   por um novo trabalho a vir a desenvolver  para além da  minha pintura feminina de Mulheres Terra-Mãe

Ecoarte de Lena Gal

domingo, 18 de dezembro de 2011

AS TRES ECOLOGIAS



Quais as razões profundas, as ultimas conhecidas da poluição ambiental? O que é que faz o ser humano se suicidar progressivamente e sorrateiramente? A maioria das pessoas até hoje pensa a ecologia nas suas manifestações externas, isto é nos seus aspetos ambientais. Por de traz da ecologia ambiental, tem causas mais profundas, sociais e individuais. Daí a idéia de três ecologias: Individual, social e ambiental. Eslas são indisoluvelmente relacionadas.

Até agora as respostas divulgadas para o público são verdadeiras, correspondem á causas reais e indiscutíveis. Todo mundo já conhece a palavra e o significado do efeito estufa. Todo mundo conhece também a causa principal deste fenômeno que ameaça a calota polar de degelo com subida progressiva do mar e inundação de vastos fragmentos de continentes. Não se trata de fantasias de ecologistas, pois a calota polar até o próprio pólo norte afinou á tal ponto que um navio quebra gelo chegou ata lá com a maior facilidade, sem encontrar resistência; isto seria inimaginável ainda há uns dez anos.

Há uns vinte anos atrás ecologistas de renome tinham tendência á predizer catástrofes apocalípticas. Tudo indica que a destruição está chegando, mas de modo lento e invisível, o que aumenta ainda mais o seu perigo: o que são alguns centímetros do mar ou alguns degraus de temperatura em vinte anos?

Alem disto, as razões mais profundas não foram reveladas. Não me refiro ao desmatamento perverso da Amazônia ou á manutenção da gasolina como combustível poluente. Refiro me ás razões psicológicas que fazem parte do que já se costume chamar de Ecologia Interior. Os estudos que realizamos na Unipaz permitiram reconstituir a gênese do processo de destruição da vida no Planeta. Ela começa em cada um de nos por uma miragem, uma ilusão de ótica, que chamamos de fantasia da separatividade. Fomos educados para distinguir o mundo exterior de nos, criando uma dualidade entre o sujeito que olha para a natureza e os objetos ou pessoas e ele mesmo. Isto é apenas uma visão relativa aos nossos cinco sentidos. Sabemos hoje como evidência científica que, num outro plano perceptivo, o da microfísica, tudo é feito de energia, da mesma energia em manifestações diferentes.

Por causa desta ilusão nos apegamos á tudo que nos causa prazer e nos tornamos possessivos de coisas e de pessoas. Isto é verdade para uma simples flor que lhe agrada, mas é verdade também para os madeireiros que exploram as florestas. Eles acham que a natureza está fora deles e pode ser explorada ao belo prazer.

Do mesmo modo está o caso da exploração do petróleo; como faz parte da natureza vista como exterior e que dá bons lucros, continua se á extrair e consumir o petróleo, mesmo sabendo que estamos nos suicidando.

Ora sabe-se hoje que, no caso dos carros, a gasolina pode ser substituída pela energia solar. Este carro já está sendo produzido nos USA, rodando numa velocidade razoável de 8O km/h. Num pais ensolarado como o Brasil, tal medida seria uma dádiva do céu, baixando o custo do transporte á níveis irrisórios e preservando a nossa saúde com um meio não poluente. O Brasil já se mostrou capaz da proeza de mudar de combustível quando introduziu o álcool, e foi o único no mundo á faze - lo, realizando apreciável economia de divisas para o pais, embora empobrecesse os solos com isto.

Outro dia, depois de uma palestra minha na Petrobrás sobre as três ecologias, em que advogava esta solução para um grupo de engenheiros, ao ser perguntado por mim sobre a viabilidade da Petrobrás incentivar o sistema solar, um deles me respondeu:
Tecnicamente é perfeitamente possível; depende apenas de uma decisão política.

Li com muita alegria, a notícia de que, diante dos problemas causados pelo apagão, a Petrobrás, foi encarregada oficialmente pelo governo, de introduzir no Brasil, novas tecnologias não poluentes. Petrobrás: Mãos á obra! A nossa saúde e a nossa vida e dos nossos filhos está nas suas mãos!


Pierre Weil



quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A arte e o artista na sociedade

Cultura
por João Pereira da Silva
(Quadricultura – Associação cultural)


 

Em quase todas as épocas, quero crer, os artistas eram por missão ou vocação, arautos de um destino. Eram por força da sua arte, alguém que bulia com os sentidos das pessoas, que mexia com as consciências. No fundo, que abanava estados de alma.


Nos tempos que correm, será que é ainda missão dos artistas mexer com qualquer coisa?


Vem este intróito a propósito de um ensaio tornado livro e que me veio recentemente à memória, “A arte, o artista e a sociedade” de autoria de Álvaro Cunhal, editado em 1996 pela Caminho.

Duma forma sintética, Cunhal dizia que o artista e a sua arte têm uma função social e política na sociedade. Colocava a tónica numa dimensão contrapontística, entre a ética e a estética, na contínua dicotomia entre o Belo e o seu valor estético e a realidade social na obra de arte.

A arte como forma de intervenção na sua inesgotável diversidade, e que …”Constitui também um direito à liberdade que um artista parta à descoberta de novos valores formais (da cor, do volume, da musicalidade, da linguagem) com o propósito de os tornar adequados e capazes de levar à sociedade, ao ser humano em geral, uma mensagem de alegria ou de tristeza, de solidariedade ou de protesto, de sofrimento ou de revolta, em qualquer caso, como é de desejar, de optimismo e de confiança no ser humano e no seu futuro”. (da obra, pg. 21)

“Arte é liberdade. É imaginação, é fantasia, é descoberta e é sonho. É criação e recriação da beleza pelo ser humano e não apenas imitação da beleza que o ser humano considera descobrir na realidade que o cerca". (pg.201) “ (...) É bom que jamais percam a necessidade e o gosto de escrever, de pintar, de tocar um instrumento, de mesmo em silêncio, sem assim se chamarem, continuarem a ser artistas". (pg.202)

Na voracidade das sociedades contemporâneas e capitalistas, por ditames “superiores”, parte significativa do que se convencionou chamar de arte, virou outra coisa. Virou produto. Algo que é feito para se comprar e ser consumido. E será que toda a arte é assim? Serão todos os artistas uns vendilhões? Ou há produtos que se vendem e que nada têm que ver com arte?

Ainda que os livros, os discos, os filmes, as peças de teatro, sejam para ser vendidos, será toda a arte somente um produto? Ou ainda, fará sentido dizer como José Mário Branco que a cantiga é uma arma, ou como Manuel Alegre que o poema é de combate!

Numa visão de esquerda mais militante, seguramente que sim. Numa visão diametralmente oposta, claro que não.

Apesar de tudo, ainda que as sociedades sejam de mercado, onde tudo se compra e tudo se vende, há ainda artistas que vão contra a corrente. Há ainda uma arte que não cede ao establishment. Quero acreditar que a poesia é uma dessas “regiões”, onde a impenetrabilidade das regras de mercado, é lei. E assim é certamente para outras formas de arte.

A arte é, por sinónimo, exaltação de sentimentos. De mensagens, directas ou subliminares. Há coisas que lemos, ouvimos, vemos e que com a mais cândida das expressões dizemos: - “Isto é o que eu penso. Isto é o que sinto. Mas curioso, não era capaz de o fazer. Agora que vejo feito, parece-me simples”. E esta é também a magia da arte. De tornar simples ou visível o que não vemos, ou não nos apercebemos num primeiro olhar. Por isso a arte é sempre reflexiva. E quando assim não é, é porque a sua dimensão vai para lá da reflexão e ultrapassa o onírico ou o transcendente.

Quero por isso acreditar, que ainda há arte que é feita de paixão. De momentos em que o artista “transpira” somente o seu estado de alma. Em que mergulha no mais profundo da sua sensibilidade e exterioriza o que o comum dos mortais percebe mas que jamais conseguiria fazer.

A este estádio devemos chamar arte. E ao seu autor – o artista.

ARTE E SOCIEDADE

A dimensão global da arte possibilita que, por seu intermédio, diferentes dimensões humanas possam se expressar e ser investigadas. Se de um lado o histórico e o cultural estão presentes, ao mesmo tempo as questões do mundo psíquico e filosófico também interrelacionam - se. Este conceito de arte, faz com que ela seja considerada um caminho para a interdisciplinaridade.
Para alguns autores, como Ernst Fischer (1981), “a arte é uma necessidade social... e não pode desaparecer do convívio humano sem prejuízo para a humanidade.” Herbert Head (1992) diz que “antes de ser social a arte é uma necessidade biológica...o artista não pode renunciar a sua prática, nem o público ao seu convívio sem prejuízo.” Sendo assim, a arte faz parte da sociedade e é patrimônio de todos, que devem conhecê-la, fruí-la e por que não fazê-la. Plekhanov destaca que a arte “deve contribuir para desenvolver o conhecimento humano e melhorar a estrutura da sociedade” (1997, p.1).
Ao adentrar – se na complexidade do universo da arte, o indivíduo com necessidades educacionais especiais pode trabalhar os seus sentimentos em relação à sociedade, que, na maioria das vezes, o discrimina ou segrega, devido aos preconceitos e ao estigma. O trabalho com arte é capaz de transformá-lo em um ser humano socialmente ativo, com uma auto - estima positiva e uma função social determinada.
Estudos têm demonstrado como a arte poderá ser deflagradora do potencial latente em cada pessoa, por meio do desenvolvimento da imaginação, da criatividade e de suas potencialidades. Ela enriquece a realidade historicamente construída, tornando-a cada vez mais humana.