sábado, 29 de janeiro de 2011

Ecologia Doméstica Prática

* Limpar Tudo: Solução de 4 colheres de sopa de bicarbonato de sódio em um litro de água morna. Adicione uma colher de sopa de vinagre branco, ou suco de limão, para dissolver a gordura.
* Desentupir pia: Jogue no ralo um punhado de bicarbonato de sódio, algumas colheres de vinagre branco e água fervente.
* Limpar vidro: Passe uma solução com água e vinagre, e depois use jornal para dar brilho.
* Desodorizante de ambiente: 4 colheres de sopa de vinagre num pratinho colocado sob um móvel. As plantas também funcionam como ótimos purificadores do ar.
* Para encerar: Misturar uma parte de óleo vegetal, como a linhaça, com outra parte de suco de limão ou vinagre, e aplique com uma flanela.
* Para lustrar móveis: Fazer uma solução de uma parte de suco de limão e duas partes de óleo vegetal. Dê brilho com uma flanela.
* Desinfetante sanitário: Misturar bicarbonato de sódio com vinagre.
* Adubo natural: Um verdadeiro adubo para as plantas pode ser obtido com
substâncias normalmente desprezadas e desperdiçadas. A água que cozinha as batatas (sem sal e fria), a água da lavagem do arroz, os restos de chá preto, borra do café – tudo isso funciona como um excelente adubo. Da mesma maneira, as cascas de batata e de cenoura podem ser colocadas diretamente nos vasos para ajudar o desenvolvimento das plantas.

* Pesticida natural: Ferver folhas de ruibarbo, durante meia hora, em quatro litros de água. Acrescentar uma colher de chá de sabão de coco, para a stura
aderir às folhas e expulsar os pulgões.

* Tira ruído : Se a porta estiver rangendo, faça uma mistura de raspa de rafite
(ponta de lápis) e algumas gotas de óleo de cozinha. Coloque aos poucos nas
dobradiças, fazendo um movimento de abrir e fechar a porta, para que a mistura penetre bem nas dobradiças.

* Tira manchas: Manchas de gordura são retiradas com uma mistura de água quente com sabão e umas gotas de detergente (de preferência, biodegradável). Lavar e, se restar algum vestígio, polvilhar talco e deixar por algumas horas; esfregar um pedaço de cebola também resolve. Manchas de frutas e doces desaparecem com álcool ou vinagre branco, e manchas de tinta de escrever devem ser lavadas com leite. Na falta do leite, também pode ser usado um punhado de sal umedecido com
limão e colocado sobre a mancha, lavando-se em seguida. Mancha de café
desaparece esfregando imediatamente, e com paciência, uma pedrinha de gelo até que a mancha suma.

* Espantar moscas e mosquitos: Folhas de louro, eucalipto e manjericão,
maceradas em água ou espalhadas pelo ambiente.

* Evitar traças: Usar cânfora, em vez de naftalina. É tão eficiente e menos
tóxica.

* Afastar pulgas: Lavar os animais de estimação com água e sabonete (de
preferência, feito com óleo de neem, que possui uma ação repelente sem ser
tóxica). Enxugar. Aplicar a seguinte solução para manter as pulgas à distância: 2 colheres de sopa de alecrim fervidas em um litro de água. Espalhar também pela casa folhas de erva-de-Santa-Maria e poejo.

* Afastar os parasitas das plantas: Colocar no liquidificador 3 cebolas, 1
cabeça de alho, 2 pimentas-malagueta e 1 colher de sabão em barra. Bater com meio litro de água e espalhar esta mistura nas plantas. Pode-se também colocar alguns dentes de alho em um pouco de água (se possível, de chuva) e deixar impregnar por cerca de dez dias. Usar, então, em um spray, para pulverizar as plantas.

* Pasta de limpeza: Em vez de desperdiçar os restos de sabão (de referência,
biodegradável), reaproveite-os em uma excelente pasta de limpeza. Basta deixar os restos de sabão de molho em um pouco de água (o necessário para formar uma pasta) e, depois, misturar uma colher de vinagre e duas colheres de açúcar. Está pronta sua pasta de limpeza!

* Tira umidade: Coloque um recipiente com pedaços de carvão no fundo dos
armários, ou então pendure pedaços de giz. Sempre com o cuidado de não sujar as roupas.

* Fórmula mágica: A velha combinação de água quente e sabão (de preferência, biodegradável) continua sendo o melhor detergente. Ela limpa pisos de cerâmica, ladrilhos e azulejos, tira manchas de parede e a gordura das superfícies. E, melhor ainda, não ajuda a poluir a Terra.
- Evite a indústria dos descartáveis: prefira o coador de pano, os alimentos
fora das bandejas de isopor, o copo de vidro, o guardanapo de pano, enfim, todo produto que se use, lave e use novamente, em vez de jogar fora. Assim, você economiza os recursos da natureza e diminui a quantidade de lixo, um dos grandes problemas do nosso tempo;


quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A TERRA E A MULHER

 - Josina Roncisvalle & Lais Mourão

"O grande espírito traz a marca do feminino. Foi-lhe dado um ventre que concebe e dá à luz." Jung Falar do feminino não significa discorrer apenas sobre questões concernentes à mulher. Ao contrário, falaremos aqui de uma cultura patriarcal que negou aos humanos algumas manifestações legítimas de sua natureza, engessando homens e mulheres em espaços sociais e culturais patológicos, onde estão impedidos de vivenciar e expandir criativamente suas necessidades psico-espirituais mais profundas.

Num primeiro momento, discutir as questões do feminino pode parecer um tema extremamente óbvio quando se tem alguma leitura, ainda que superficial, haja vista que há pelo menos três décadas as mulheres queimaram sutiãs em praça pública, numa atitude simbólica de rejeitar os enquadramentos que lhes eram impostos desde alguns séculos. A partir desse ponto, muita coisa foi produzida e essa discussão tomou ares do corriqueiro.

Entretanto, tão logo nos aventuramos a discorrer sobre o assunto, nos deparamos com componentes tão vários que toda a segurança anterior se vê fragilizada, face às excessivas conexões que nos aguardam a cada passo.

A questão do feminino está entre aqueles temas que não se prestam tão facilmente a uma discussão, porque se situam no fundamento da cultura, para além daquilo que é imediatamente manifesto. Esse é um assunto basilar, constitutivo do próprio fundamento de onde tudo deriva, a trama primeira sobre a qual os outros fios são dispostos. De certa forma, pode-se dizer que tais temas nos possuem e nos dirigem e são insuficientemente visíveis, pois estão submersos por nossas criações. Talvez se possa dizer que é a partir dessas imagens primordiais, como a da Terra-Mãe, que todo o nosso imaginário é montado, em camadas, uma mesma idéia se diferenciando em inúmeras variações, vinculadas, entretanto, àquele desenho elementar, e que só ao olhar acurado ela se revela.

Na verdade, as nossas relações com o mundo, de modo geral, são reflexo da nossa relação com essas imagens primordiais, destacando-se, entre elas, a Terra e o Feminino. Tudo o mais seria como um jogo de espelhos, em que nos perdemos com imensa facilidade. De forma que, ao contrário do que é sugerido de imediato, uma visão cabal do feminino não se tece sem uma enormidade de elementos e, pelo menos para começar, torna-se imprescindível escolher uma fresta apenas, para olhar esse complexo quadro sem tanta dispersão.

O simbolismo da Terra pode nos fornecer um paradigma seguro para o feminino, porque sobre ela lançamos nossas raízes, dela viemos, dela nos nutrimos. Há todo um paralelo entre a Terra e o Feminino. E, uma vez que mantemos relações bem materiais com ela, é possível que, a partir de um escrutínio dessas relações, possamos explicitar melhor o lugar ocupado pela mulher em nossa cultura. A Terra, pois, será um bom ponto de partida para uma investigação rica do feminino, quanto mais que essa identidade, em outros tempos, promoveu um desenvolvimento harmônico em muitas sociedades.

Portanto, não partimos de uma idéia original. Muito pelo contrário, essa é uma visão que remonta a alguns milhares de anos, cultivada e vivenciada por nossos ancestrais em culturas das quais restam apenas o que a arqueologia consegue resgatar. É para com essas culturas que nos tornamos devedores. E, ao lado delas, para com algumas outras poucas sobreviventes, ditas primitivas, pouco influenciadas e pouco influentes no nosso mundo industrializado e globalizado.

Investigando sobre alguns povos do passado, podemos ver que suas relações com a Terra eram de filhos para mãe. As culturas eminentemente agrárias, no Neolítico, tinham em seus cultos religiosos a figura da Terra como divindade máxima, a Deusa Mãe. Era ela a geratriz e mantenedora de tudo o que era vivo. O corpo da terra era o próprio corpo da Deusa. Desse fio teciam-se todas as relações sociais, os sistemas políticos, econômicos, a arte, enfim todas as produções humanas.

As antigas civilizações agrárias do Mediterrâneo alcançaram níveis extraordinários de organização e riqueza. Porém, a certa altura, essas culturas foram invadidas por tribos nômades vindas do norte, de povos pastores e guerreiros. O processo de ocupação dessas sociedades agrárias pelos invasores resultou na destruição dos valores dessas culturas, que eram essencialmente pacíficas.

A partir daí, gradativamente, foi-se construindo essa civilização ocidental da qual somos herdeiros. Daqueles povos antigos, o Egito, graças a seu isolamento pelos desertos, foi o território que mais se preservou de tais invasões. Mas é nas ruínas de Creta que vamos encontrar os mais ricos vestígios desses povos, em cujo seio o culto à deusa Mãe Terra alcançou grande apogeu e pôde sobreviver por mais longo tempo, deixando traços ainda hoje detectáveis em nossas festas populares, folclore e cultos religiosos.

O ponto alto dessas culturas agrárias era a relação de sacralidade com a natureza. A Terra, a grande matriz, mãe de todos os deuses, era respeitada em todos os seus ciclos. Obedecia-se, de fato, às necessidades da Terra e ela correspondia. Produzia e descansava, doava e era gratificada por isso, em forma de festas e cuidados. As atitudes humanas eram orientadas pela concepção de que a Terra era um ser vivo, com suas demandas e suas necessidades. Acima de tudo, com sua dadivosidade.

As contrapartidas dos humanos eram a gratidão e a reverência. O arado, que feria a terra para o plantio, era o grande falo que a penetrava e o instinto religioso gerava grandes rituais para pedir licença antes de fertilizá-la com uma nova semente. Para nossos ancestrais agricultores, os primeiros frutos das colheitas não eram avidamente apropriados pelo homem, nem vendidos nas feiras ou antecipados às bolsas de mercadorias. Eram doados de volta à Mãe Terra, cerimonialmente, acompanhados de cantos e danças, celebrações das quais sobreviveram apenas pálidas recordações profanas.

Nesse contexto, a mulher era a própria imagem da Deusa Terra, que, à sua semelhança, emprestava seu corpo para a fertilização, a criação e a nutrição da vida. São dessa época as inúmeras imagens da deusa Terra representada com corpo de mulher: deusas grávidas, deusas amamentando o filho, deusas vingativas, deusas eróticas com seu triângulo púbico a indicar a fertilidade.

Para os sumérios, a deusa Inana era uma representação do planeta Vênus e a relação de seus ciclos com períodos favoráveis de plantio era bem conhecida.

Assentadas nesse fundamento, essas culturas privilegiavam a arte, o equilíbrio ecológico e o respeito à vida em todas as suas formas. Inúmeras divindades desse período têm representações teriomórficas, evocando claramente uma identificação da presença de qualidades universais em todas as espécies. O touro, o leão, a serpente, o urso e uma quantidade grande de animais são associados à deusa, numa demonstração inequívoca de que as culturas antigas conheciam e respeitavam o princípio da vida em todas as suas manifestações. As pedras sagradas, as plantas e outros elementos naturais agregados aos cultos também indicavam quão profundo era esse vínculo com a natureza.

Também na Mesopotâmia e no México antigo, eram conhecidas as influências infalíveis da regularidade dos ciclos de oito anos do planeta Vênus sobre a agricultura, e esse conhecimento era aplicado coerentemente Conhecendo o céu e a terra, seguiam o curso dos planetas e plantavam e colhiam conforme suas aparições e ocultações.

A noção do tempo como uma roda cíclica era, portanto, um eixo extremamente valioso, que organizava aquela visão de mundo. Observando o céu, convivendo com a terra, os humanos sabiam que tudo nascia, crescia e reproduzia-se, para morrer em seguida; tudo, sem exceção, morria para que o mundo se renovasse. Esse era o grande mistério da criação. E, de alguma forma, como a lua e os outros astros celestes, que cumprem suas rotas regularmente, tudo se restabelecia um dia, havendo um antes e um depois, uma continuidade indiscutível da vida, mesmo finda a duração do indivíduo.

O mundo era de fato um cosmo: céu, terra e seres humanos em unidade, movidos por uma cumplicidade em benefício da criação.

O que nos aconteceu?

"O conhecimento tem suas limitações e o sagrado tem aquilo a respeito do qual nada se pode fazer." Chuang Tzu.

A interdependência entre todos os reinos da natureza, uma verdade tão patente para nossos antepassados, é grande demais para nossos cérebros atuais. Parece que nos escapa a essência de algo muito essencial. Ou, como diz o astrônomo-antropólogo Anthony Aveni, em seu livro Conversando com os Planetas, "o que nos escapa é que maias, egípcios e babilônios acreditavam viver em um Universo animado, um ambiente interativo, pulsante, fervilhante e vibrante".

Sem dúvida, nas culturas antigas de que falamos, nem tudo eram virtudes. Havia a ganância, a pilhagem, os assassinos, usurpadores, etc. Isso é tão certo como também o é o fato de que, hodiernamente, muitas daquelas idéias sobrevivem no coração de muitos homens, talvez menos contaminados pelo utilitarismo. O que se discute é a dominância ou não desses paradigmas, num tempo e noutro. É isso que nos distingue e cava um abismo entre o que somos e o que poderíamos ser.

Tudo indica que, ao se identificar com as pulsações da Mãe Terra, através de seus mitos e ritos, nossos ancestrais pareciam menos desnorteados. O próprio ciclo do tempo representava uma bússola segura para suas vidas. Quando as coisas se passavam diferentemente dos desejos humanos, era porque estes desejos não estavam alinhados com o plano maior da natureza. Em outras palavras, os seres humanos se inscreviam simbolicamente numa ordem cósmica da qual, muitas vezes, não detinham o controle e a possibilidade de manipulação. E, contudo, mesmo assim, retinham o seu fundamento e se colocavam de acordo. O mistério era admitido e seu espaço respeitado. Os humanos reconheciam sua inserção e sua limitação, subordinavam-se a uma instância que lhes era superior. Esse sentimento impedia que se colocassem como senhores absolutos da natureza, barrando-lhes qualquer possibilidade de exagerado auto-engrandecimento.

O pensamento simbólico, que serve de código para expressar a visão mítica do mundo, unindo o ser humano ao todo da Mãe Terra, é capaz de nortear o sentido de ritmo e responsabilidade em cada um. Inserindo-se nos ritmos cósmicos, o ser humano era definitivamente integrado neste mundo, e sua vida, sua religião, todas as suas criações, tudo espelhava essa relação básica.

O uso desse tipo de linguagem simbólica, característica diferenciadora de nossa espécie, sempre teve o poder de traçar correspondências, criar pontes invisíveis onde o pensamento racional não é capaz de alcançar. Colocando-nos em correspondência com o Cosmo, permite que orientemos nossas ações em harmonia com os ritmos do todo.

Além do mais, viver simbolicamente implica em ter os olhos abertos para a multiplicidade da vida, para perceber a diversidade dos espaços e as alterações substanciais no tempo, seguindo a sinuosidade dos ritmos do Universo, encontrando mecanismos de adequação a cada estágio. Mas isso só pode ocorrer ali onde o princípio feminino ainda cumpre a sua função de manter os laços estreitos entre todos os seres, uma vez que a relação entre sua dinâmica e a da natureza é muito patente.

Para o homem arcaico, havia os mitos e ritos, que transportavam-no com segurança de um momento a outro ou presidiam as mudanças de sítios quando era necessário. É fácil perceber, portanto, como esse exercício se torna impossível na fragmentação das sociedades industriais, onde somos obrigados a viver num mundo homogeneizado, massificado pelas demandas da produção e do mercado, excluída qualquer disponibilidade para vinculações.

Algumas centenas de anos foram suficientes para que nossa espécie se assenhoreasse da natureza e do tempo. E o que fez com eles? Despojou-os de qualquer caráter sagrado, ungiu um único deus, distante do convívio de todos os seres, fora da natureza, muito além, num céu longínquo e abstrato, de restrito acesso aos eleitos. Tudo o mais foi banido como heresia e tolerado apenas como veleidades de mulheres com pouca capacidade de exercer o pensamento racional.

Dentro dessa ótica, portanto, muitos desdobramentos têm como origem a ruptura com o paradigma da Natureza, da Terra e do Feminino, enquanto entidades sagradas, capazes de servir de modelo para nossas ações. Quando podíamos acatar as leis da natureza como uma guiança, longe de ser exclusivamente uma questão de conformismo, nos aparentávamos com ela e isso nos trazia apaziguamento.

Hoje, se olharmos para nossas vidas, para qualquer ponto, mesmo que de menor importância secundária, podemos perceber o quanto nos tem custado o distanciamento da natureza, tanto sob o aspecto material, como de nosso bem-estar geral. E nos perguntamos abestalhados (que nos perdoem as bestas!): "o que nos aconteceu?" E as respostas se multiplicam sem, contudo, fornecer um resposta satisfatória, que nos conduza a uma solução. Talvez, como na história do rei ferido, do Graal, não estejamos formulando a pergunta corretamente e, só ao fazer a pergunta certa, encontraremos nossa "cura".


http://www.ida.org.br/index.html

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O exercício Re-conexão

Praticas em grupo em contextos educativos  onde se fornece os meios para aumentar a consciência ecológica , embatia pelos animais  e acima de tudo a sustentação da vida  , o cultivo da intuição, do que tudo está ligado, aprender a apreciar o silêncio, a solidão, e a redescobrir a capacidade de escuta, ser-se mais confiante, holístico na percepção , ter uma maior conexão com a Terra-Mãe

Ateliers e workshops de vivências e exercícios em grupo  disponíveis tanto em forma de 1h30, de 3h e  vivencias de um fim de semana  direcionadas e adaptadas a grupos de interesses específicos , escolas, empresas, ecologistas, e pessoas com interesse em compreender melhor como podem situar-se em relação á crise planetária e contribuir para a sua solução  de forma que mais lhe seja possível  para a cura do nosso planeta.


WORKSHOP –Círculos de Arte com  a Natureza – série de 3
Interacção humana  com a Natureza  de forma criativa  onde se utiliza  a arte, ecoarte, , vivencias e compartilha –se  com os outros a situação actual do planeta. Ouso dos rituais, arte, expressões e de exercícios interactivos constituem em si mesma uma acção direita do tipo que leva a irmos mais longe na descoberta da nossa própria consciência ecológica e a encontrar e coragem para agir na protecção de Natureza

WORKSHOP –O conselho de todos os seres
 Vivencias que nos reconecta com a nossa própria memoria da vida da Terra  e onde vamos perceber a nossa intima relação com todas  as formas de vida  que compartilham connosco o Planeta

Ateliers
 De reflexão, meditações  e varias vivencias de expressões artísticas   para nos reconectar-mos   com a Vida  e  com a Natureza e uma relação de proximidade  com as outras espécies



Facilitadora Lena Gal –Artista Plástica , ecoartista e Educadora Expressiva


Telemóvel -966668781


Ateliers -Arte da terra

Vivências feitas num espaço interior e no exterior de expressões artísticas, onde vamos perceber a nossa íntima relação com todas as formas de vida que compartilham connosco no Planeta
Interacção pais e filhos  com a arte e a Natureza  -3 anos aos 18 anos
-Grupos de  adultos e idosos


Facilitadora Lena Gal, Artista  Plastica e Educadora Expressiva

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Cidadania Ecológica

 

por Pastor Bertholdo Weber*
A participação e o exercício da cidadania, com empenho e responsabilidade, são fundamentais na construção de uma nova sociedade, mais justa e em harmonia com o ambiente. Para isto, é urgente descobrir novas formas de organizar as relações entre sociedade e natureza, e também um novo estilo de vida que respeite todas as criaturas que, segundo São Francisco de Assis, são nossas irmãs. Queremos contribuir para melhorar a qualidade de vida através da construção de um ambiente saudável, que possa ser desfrutado por nossa geração e também pelas futuras. Vivemos hoje sob a hegemonia de um modelo de desenvolvimento baseado em relações econômicas que privilegiam o mercado, que usa a natureza e os seres humanos como recursos e fonte de renda. Contra este modelo injusto e excludente afirmamos que todos os seres, animados ou inanimados, possuem um valor existencial intrínseco que transcende valores utilitários.
Por isso, a todos deve ser garantida a vida, a preservação e a continuidade. Já chega deste antropocentrismo exacerbado. O ser humano tem a missão de administrar responsavelmente o ambiente natural, não dominá-lo e destruí-lo com sua sede insaciável de possuir e de consumir. Apesar do quadro ecológico ser extremamente inquietante, existem, graças a Deus, cada vez mais pessoas e entidades que têm a consciência de que uma mudança é necessária, e possível. Para tanto, algumas atitudes são essenciais:  Utilização mais racional e responsável dos recursos da natureza, que não são inesgotáveis; respeito à vida em todas as suas formas; reconstrução daquilo que foi destruído; medidas preventivas.
Há quem julgue que já chegamos a um nível tal de degradação que o retorno é praticamente impossível. Comprometidos com a proteção da vida na terra, reconhecemos o papel central da educação ambiental, do processo educativo permanente e transformador para uma sustentabilidade eqüitativa, baseada no respeito a todas as formas de vida. Por trás do drama ecológico e dos sinais inequívocos de destruição do ambiente, existe uma questão mais profunda, que é a  ética, o modo de ser, de posicionar-se e de relacionar-se, em todos os níveis. E como a deterioração do natureza aponta para uma deterioração das relações humanas, é compreensível que a mudança de postura ética passa pela justiça.
A crise ecológica revela uma crise ética em nossos dias, uma crise de valores, uma crise de relações humanas, e de convivência com as demais criaturas. Daí a importância da educação ambiental para a responsabilidade e o respeito à vida. Tal educação afirma valores e ações que contribuem para a transformação humana e social e para a preservação ecológica. Ela estimula a formação de sociedades socialmente justas e ecologicamente equilibradas, que conservam  relações de interdependência e diversidade. A educação ambiental deve gerar, com urgência, mudanças na qualidade de vida e maior consciência de conduta pessoal, bem como harmonia entre os seres humanos.
A Terra está ferida. Em alguns sentidos, ela está quase ferida de morte. O mar, os rios e os lagos estão contaminados. O ar está poluído. O desmatamento cria novos desertos. Temos pouco tempo para agir, pouco tempo para salvar a Terra, antes que se torne um planeta onde a vida não conseguirá existir. Essa é uma tarefa de governos? Sim. Mas é também uma tarefa de cada um de nós. Você pode, e deve, fazer sua parte. Afinal, a Terra é nossa moradia, nossa casa comum. Nela vivemos e nela viverão nossos filhos. Não é justo entregar a eles um casa em ruínas. O futuro do planeta está em nossas mãos.